A criação massal do parasitoide larval Cotesia flavipes (Cam.) (Hymenoptera: Braconidae) em lagartas de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae) compreende várias etapas e uma delas, o armazenamento desse agente de controle biológico sem comprometimento de sua qualidade, é pouco estudado. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do armazenamento de pupas recém-formadas de C. flavipes, em “massas”, nas temperaturas de 6,7 e 9,3ºC sobre os parâmetros biológicos dos insetos armazenados e dos seus descendentes em laboratório. As “massas” do parasitoide foram armazenadas em câmara climatizada marca Eletrolab e periodicamente sete “massas” eram retiradas, passavam por duas horas em uma sala a 20ºC e eram mantidas em câmara climatizada, a 26,7ºC para as avaliações. Duas “massas” davam origem às fêmeas para o parasitismo de 30 lagartas de D. saccharalis de 3º ínstar para o teste de parasitismo. As outras cinco “massas” eram utilizadas no teste de viabilidade da emergência. Foram mantidas 10 “massas” como testemunha em câmara climatizada a 26,7ºC, para comparação com o material armazenado. A porcentagem média de parasitismo das lagartas por C. flavipes foi significativamente superior quando as “massas” do parasitoide ficaram armazenadas a 6,7ºC por até 10 dias e a 9,3ºC por até 7 dias. Os parâmetros biológicos do parasitoide nas gerações F0 e F1 não foram alterados em relação à testemunha (não armazenada) até 7 dias na temperatura de 6,7ºC e até 5 dias a 9,3ºC de armazenamento.
Palavras-chave: biologia, controle de qualidade, controle biológico, parasitoide larval.
Trabalho na íntegra: TCC Filipe Aurelio Morsoletto