A broca-da-cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis, é a principal praga da cana-de-açúcar no Brasil. Sabe-se que ela causa perdas consideráveis para as antigas variedades plantadas no Brasil e pouco se sabe para as variedades atuais. Dessa forma, esse trabalho teve por objetivo avaliar os danos causados pela broca-da-cana, D. saccharalis, a cinco variedades plantadas no Estado de São Paulo e determinar o nível de dano da praga nesses genótipos. Foram coletados 20 colmos por hectare (amostra) de todo o talhão plantado com as variedades SP91-3011, SP80-1816, CTC-1, CTC-5 e CTC-6, tendo esses ao redor de 20 ha (20 amostras). Os colmos foram pesados e o número de internódios e de internódios danificados pela broca-da-cana foi quantificado, para o cálculo do índice de intensidade de infestação (I.I.I.) da praga. De cada amostra, 10 colmos foram enviados para o laboratório para a determinação do ATR, fibras, ºBrix, peso do bolo úmido, pureza e Pol. A variedade CTC-1 foi a mais rica em açúcares e mais produtiva. As variedades CTC-5 e SP91-3011 foram as menos resistentes à broca-da-cana, a SP80-1816 tem resistência intermediária e CTC-6 e CTC-1 são as mais resistentes. Houve uma relação quadrática negativa significativa (5%) entre I.I.I. e ATR (R2 = 0,2269) e linear negativa significativa entre I.I.I. e ºBrix (R2 = 0,3234). Com isso, pôde-se se estabelecer o nível de dano da broca-da-cana apenas para a variedade CTC-5, que foi de 2,12% de I.I.I., devendo o controle ser feito antes de atingir esse nível.
Palavras-chave: praga agrícola, manejo integrado de pragas, variedades.
Trabalho na íntegra: TCC Athos Andrade Lemos Gomes