O presente trabalho teve por objetivo comparar o manejo biológico com o manejo convencional, feito pelo agricultor, quanto ao controle das principais pragas, ao impacto na artropodofauna benéfica e ao efeito sobre outros organismos na cultura da soja RR. O experimento foi instalado em Ribeirão Preto, SP, em dezembro de 2008, utilizando soja de variedade comercial M–SOY 8008 RR. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, onde dois tratamentos foram repetidos 10 vezes (parcelas de 2.900 m2). Os tratamentos foram o manejo biológico (MIP), utilizando o controle biológico (Bacillus thuringiensis 0,5 g i.a. ha-1 + liberações de parasitóides de ovos de percevejos) e o manejo convencional, utilizando o controle químico (B. thuringiensis + endossulfam 0,35 L i.a. ha-1), feito pelo agricultor. Foram utilizadas armadilha de solo (2/parcela), batidas de pano (4/parcela), placas amarelas adesivas (2/parcela), observação direta de plantas para visualização de danos (4 pontos/parcela, com 5 plantas em cada) e cartelas contendo ovos de Anagasta kuehniella (traça) e de percevejos para medir o parasitismo natural (20 cartelas/parcela), para avaliar os artrópodos presentes no local. Foi avaliada a produtividade na colheita. Pôde-se verificar que as populações de Anticarsia gemmatalis e Pseudoplusia includens foram maiores no manejo biológico (MIP). Os sistemas de manejo não interferiram na ocorrência de percevejos fitófagos, nas capturas de artrópodos de solo, benéficos ou não, e na população da maioria dos predadores e de parasitóides de ovos de percevejos. Entretanto, as populações de aranhas e parasitóides de ovos de lepidópteros foram negativamente afetadas pelo manejo convencional, onde se utilizou endossulfam, podendo esses ser bons bioindicadores de desequilíbrios causados por inseticidas na soja. A produtividade não foi afetada pelo manejo adotado.
Palavras-chave: ecologia, controle biológico, Glycine max, impacto ambiental.
Trabalho na íntegra: TCC Fabio Silva Garcia de Figueiredo